
Traços de modernidade em obras de Janácek, Debussy, Schoenberg e Ligeti
2008; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ; Volume: 1; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5380/mp.v1i1.11721
ISSN2236-2126
Autores Tópico(s)Brazilian cultural history and politics
ResumoA produção musical de nosso tempo, a partir da virada do século XIX-XX, reflete a necessidade – consciente ou inconsciente – da parte de compositores, intérpretes e público, da novidade. Ao lado desta necessidade, observa-se certo medo do desconhecido, compreensível, até certo ponto, no que diz respeito aos ouvidos leigos, mas certamente intrigante se observado em profissionais da música, sobretudo os intérpretes, enquanto mediadores entre compositores e ouvintes. Através do testemunho de alguns intérpretes e da exploração de obras de Janáček, Debussy, Schoenberg e Ligeti – compositores representativos de diferentes épocas recentes – partilho neste trabalho a constatação de que a modernidade não se revela necessariamente através de aspectos de notação, forma ou estrutura, e nem mesmo de linguagem, mas na mensagem musical propriamente dita, no conteúdo do discurso musical. Partindo-se deste princípio, o primeiro passo para a percepção, compreensão e abertura ao novo na música seria uma renovação dos parâmetros de escuta, primeiramente da parte dos intérpretes, que poderão desta forma despertar os ouvidos do público de hoje, “perdidos no passado”, para os prazeres da modernidade.
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