Artigo Acesso aberto

Câncer colônico - epidemiologia, diagnóstico, estadiamento e gradação tumoral de 490 pacientes

2007; Cidade Editora Científica Ltda; Volume: 27; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0101-98802007000200003

ISSN

1980-5446

Autores

Geraldo Magela Gomes da Cruz, Jorge Luiz Santana, Sandra Kely Alves de Almeida Santana, José Roberto Monteiro Constantino, Bruno Cunha Chamone, Renata Magali Ribeiro Silluzio Ferreira, Peterson Martins Neves, Marina Neves Zerbini de Faria,

Tópico(s)

Genetic factors in colorectal cancer

Resumo

O objetivo deste trabalho é estudar 490 pacientes portadores de câncer colônico, analisando incidência absoluta e topográfica do câncer nos cólons; distribuição por décadas etárias e sexos dos pacientes; sintomatologia; gradação e estadiamento por exame proctológico, exames de imagens, achados cirúrgicos e exame histopatológicos de biópsias e peças cirúrgicas; distribuição por topografias e gradação tumoral; concomitância e contemporaneidade de pólipos; modalidades de pólipos e poliposes colorretais concomitantes e contemporâneos; irressecabilidade de 29 tumores e inoperabilidade de 10 pacientes por topografias colônicas e incidência topográfica de complicações dos cânceres nos cólons. Dentre as várias conclusões inferidas pelo estudo, pelo menos as seguintes foram de valor: Os tumores foram mais comuns nos cólons (53,1%) que no reto (41,2%) e no ânus e canal anal (5,7%). Os tumores foram mais comuns no hemicólon esquerdo (77,8%) que no cólon direito (22,2%), sendo o sigmóide e a junção retossigmoideana as topografias mais comuns (61,6%). A idade média foi de 60,6 anos, com 86,7% dos pacientes entre 40 e 80 anos, mais comuns entre homens (52,2%) que entre mulheres (47,8%). os sintomas mais comuns foram a alteração do hábito intestinal (70,6%), a cólica abdominal (59,6%), o sangue nas fezes (58,6%) e a alteração da matéria fecal (55,5%). A doença localizada (grupos A e B de Dukes) foi mais comum (69,4%) que a disseminada (30,6%). Quanto mais distais menos disseminados foram os tumores, sendo a doença localizada mais comum no hemicólon esquerdo (73,2%) que no hemicólon direito (55,9%). A incidência de pólipos colorretais concomitantes e contemporâneos ao câncer colônico foi de 16,3%, sendo mais comuns durante os 5 anos de acompanhamento pós-operatório (8,3%) que antes da cirurgia (1,4%) e por ocasião da cirurgia (6,6%). Pólipos isolados (até 3 pólipos) foram mais comuns (76,3%) que pólipos múltiplos (23,7%). A operabilidade dos pacientes foi de 98,0% e a ressecabilidade dos tumores foi de 94,1%, independente da localização dos mesmos. Os tumores do hemicólon esquerdo complicaram muito mais (14,4%) que os tumores do hemicólon direito (4,6%), tendo sido a obstrução intestinal a complicação mais comum.

Referência(s)