Concertação social, negociações coletivas e flexibilidade: o caso italiano (1992-2002)
2003; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Volume: 46; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s0011-52582003000200002
ISSN1678-4588
Autores Tópico(s)Legal and Labor Studies
ResumoA década de 90 marcou o ressurgimento das concertações sociais na Europa, depois da fase de ostracismo e mesmo de declínio, em alguns casos, vivida pelos arranjos neocorporativos ao longo dos anos 80. Esses novos pactos sociais, que podemos denominar de segunda geração, surgiram em um quadro econômico e social bastante diverso daquele em que vicejaram os acordos neocorporativos clássicos, tendo se desenvolvido no bojo do processo de construção da união monetária européia, simbolizada no Tratado de Maastricht de 1992 (Fajertag e Pochet, 2001).No centro dessa negociação, encontra-se ainda a moderação das demandas salariais, mas a contrapartida deixou de ser a expansão do Estado de Bem-Estar Social como no passado 1 .Em algumas situações recentes de negociação, a moeda de troca foi o saneamento das finanças públicas e o controle da inflação; outras vezes, as expectativas de melhoria futura do emprego e a redução de impostos sobre os salários mais baixos.Ao mesmo tempo, no caso da flexibilidade e da proteção social
Referência(s)