
Sistema internacional de hegemonia conservadora: o fracasso da Rio + 20 na governança dos limites planetários
2012; Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade (ANPPAS); Volume: 15; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s1414-753x2012000300002
ISSN1983-0211
AutoresEduardo Viola, Matías Franchini,
Tópico(s)Sustainability and Climate Change Governance
ResumoEm um artigo seminal, Rockström et al. (2009) inauguraram uma nova forma de abordar os problemas ambientais. A abordagem das fronteiras planetárias aparece como um instrumento analítico fundamental para avaliar a governança global do ambiente e, em um sentido mais profundo, para refletir sobre o rumo civilizatório da humanidade. O nosso objetivo nesse artigo, é fazer uma avaliação da Rio+20 utilizando como critério a governança global das fronteiras planetárias. No caminho, fazemos especial referência ao papel do Brasil na Cúpula. Nossa conclusão principal é que a Rio+20 foi um fracasso desde o ponto de vista da definição de um espaço de operação segura para a humanidade e que ele é expressão de um sistema internacional bloqueado e dominado por forças conservadoras. Nesse cenário, o Brasil aparece como uma potência ambiental subdesenvolvida (underachiever environmental power): a combinação de um enorme capital ambiental físico com um deficiente capital ambiental social.
Referência(s)