Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

O cinturão epidérmico de antepaís da Bacia de Irecê, Cráton do São Francisco[/title]: [subtitle]principais elementos estruturais e modelagem física analógica

2013; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 13; Issue: 4 Linguagem: Português

10.5327/z1519-874x201300040007

ISSN

2316-9095

Autores

Humberto Reis, Caroline Janette Souza Gomes, Daniel Galvão Carnier Fragoso, Matheus Kuchenbecker,

Tópico(s)

Geography and Environmental Studies

Resumo

Localizada na porção central do estado da Bahia, a Bacia de Irecê exibe as mais significativas exposições de coberturas neoproterozoicas da porção norte do Cráton do São Francisco. Apesar da grande quantidade de estudos geológicos ali realizados, restam ainda várias questões em aberto, em especial no que tange à evolução tectônica do cinturão epidérmico de antepaís que envolve as rochas da bacia. No sentido de contribuir para o entendimento de tal evolução, este trabalho revisa os principais elementos estruturais da bacia e adjacências e apresenta novos dados adquiridos por meio de modelo físico-analógico em caixa de areia. O cinturão epidérmico de antepaís da Bacia de Irecê corresponde a uma grande feição curva confinada ao longo do sinclinal homônimo e tem sua formação atribuída ao fechamento das faixas marginais do setor norte do Cráton do São Francisco. Seu desenvolvimento foi condicionado por um vetor tectônico N-S, responsável pela nucleação de dobras e falhas E-W. Nas bordas da bacia, a deformação é acomodada através de falhas direcionais responsáveis pela rotação geral das estruturas. Para o sul, o cinturão perde gradativamente sua expressividade, ocorrendo apenas as estruturas geradas previamente durante o desenvolvimento do Sistema de Dobras e Empurrões da Chapada Diamantina. O modelo físico-analógico em caixa de areia simulou com sucesso o desenvolvimento do Cinturão de Antepaís da Bacia de Irecê e indica que sua curvatura em planta resulta da interação com as bordas do sinclinal e da própria curvatura do substrato. A propagação deu-se por meio de um descolamento com baixo coeficiente de atrito, provavelmente condicionado pelo contraste reológico entre as unidades carbonáticas do Grupo Una e o substrato quartzítico do Supergrupo Espinhaço.

Referência(s)