
Aspectos clínicos e o hemograma em crianças expostas ao HIV-1: comparação entre pacientes infectados e soro-reversores
2001; Elsevier BV; Volume: 77; Issue: 6 Linguagem: Português
10.1590/s0021-75572001000600014
ISSN1678-4782
AutoresElianete B. Silva, Helena Zerlotti Wolf Grotto, Maria Marluce S. Vilela,
Tópico(s)HIV Research and Treatment
ResumoOBJETIVO: analisar evolutivamente aspectos clínicos e hematológicos de crianças expostas à transmissão vertical do HIV-1 e comparar as que se infectaram com aquelas que não se infectaram, ou soro-reversoras. MÉTODOS: trata-se de estudo prospectivo, descritivo, longitudinal. Foram analisadas 79 crianças, filhas de mães infectadas pelo HIV-1, sob seguimento entre março de 1996 a novembro de 1997, no Ambulatório de Imunodeficiência do Hospital de Clínicas da Unicamp. RESULTADOS: houve comprometimento pôndero-estatural em ambos os grupos, sendo maior nos soro-reversores. No grupo das crianças infectadas, 23 mães não fizeram terapia com AZT na gestação, 16 pacientes (61,5%) foram amamentados ao seio, quatro foram classificadas na categoria clínica N, sete na A, e 15 na B. Manifestações clínicas antes de um ano de idade ocorreram em 18 lactentes (69,2%). Anemia se manifestou em 73,1% das crianças infectadas, e em 41,5% das com soro-reversão (P < 0,008). A comparação entre os grupos mostrou que as alterações mais freqüentes nos infectados foram microcitose e hipocromia (P < 0,05), linfopenia entre 15 e 18 meses (P < 0,05), monocitose entre os 9 e 12 meses (P < 0,05) e uma tendência de altos níveis séricos de ferritina, mas sem significância estatística. CONCLUSÕES: anemia microcítica e hipocrômica ocorreu em ambos os grupos, sendo ferropriva entre os soro-reversores, e anemia de doença crônica, entre os infectados. Nesse referido grupo, monocitose e linfopenia foram manifestações precoces.
Referência(s)