
Restauração do círculo meridiano de Gautier e reabilitação do pavilhão correspondente: Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST)
2007; Universidade de São Paulo, Museu Paulista; Volume: 15; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s0101-47142007000200022
ISSN1982-0267
AutoresMarcus Granato, Ive Luciana Coelho da Costa, Antonio Carlos Martins, Durval Costa Reis, Cristiane Suzuki,
Tópico(s)Environmental Sustainability and Education
ResumoO MAST é um museu de ciência e técnica situado no conjunto arquitetônico e paisagístico do antigo Observatório Nacional, na cidade do Rio de Janeiro. No âmbito da criação do museu, o patrimônio de valor histórico ali existente - composto por 16 edificações, as coleções de instrumentos científicos e outras significativas, como a de mobiliário, relacionados à período importante da história da ciência do Brasil - foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1986, e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), em 1987. Em continuidade a trabalhos anteriores de intervenção, foi possível desenvolver, através de uma parceria com a Fundação Vitae, este trabalho de restauração e reabilitação de partes importantes do patrimônio sob a guarda do MAST. O projeto foi realizado por uma equipe multidisciplinar, a partir de pesquisa histórica sobre o instrumento e seu abrigo, num período de três anos, e acompanhado pelo registro fotográfico exaustivo de todas as etapas, contemplando o diagnóstico do estado de conservação, a restauração do círculo meridiano, a reabilitação do pavilhão e colocação do instrumento em seu local original, além da museografia da área, que informa ao público visitante os trabalhos de restauração realizados. O instrumento restaurado, desmontado desde a década de 1960, encontrava-se em alto risco de perda; a cobertura do pavilhão que o abrigava fora demolida na década de 1980, restando um vestíbulo e a base do abrigo meridiano, em risco de desabamento parcial. A filosofia de intervenção no instrumento foi não de restituir seu funcionamento, mas permitir a sua visualização e compreensão pelo público, no espaço museológico criado. Foi privilegiada a dimensão de potencial de comunicação do objeto e reconstruído um abrigo para o instrumento: uma cobertura metálica em volumetria e aspecto similar à original, mas com uso diferente, que não permite a investigação em astronomia, mas protege o espaço museológico e compõe, de forma harmoniosa, o conjunto arquitetônico tombado.
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