Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Avaliação da qualidade da atenção básica em 37 municípios do centro-oeste paulista: características da organização da assistência

2009; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 18; Issue: suppl 2 Linguagem: Português

10.1590/s0104-12902009000600014

ISSN

1984-0470

Autores

Elen Rose Lodeiro Castanheira, Ivete Dalben, Margareth Aparecida Santini de Almeida, Rodolfo Franco Puttini, Karina Pavão Patrício, Dinair Ferreira Machado, Antonio Luis Caldas Júnior, Maria Inês Battistella Nemes,

Tópico(s)

Health, Nursing, Elderly Care

Resumo

No Estado de São Paulo, existe uma rede extensiva de serviços de Atenção Básica (AB) com perfil organizacional heterogêneo e pouco conhecido. Este estudo objetiva caracterizar a organização dos serviços de AB em 37 municípios do Centro-oeste paulista, como primeira etapa de um projeto de avaliação da qualidade desses serviços. Trata-se de um estudo transversal conduzido mediante questionário estruturado, autorrespondido pelos gerentes e equipes locais, com questões que abordam características institucionais e de organização e gerência do trabalho. Esses questionários foram enviados para 131 UBS, distribuídas em 37 municípios. Obteve-se resposta de 113 unidades (87%) localizadas em 32 municípios (86,4%). Do total de unidades, 57 (50%) são UBS tradicionais, 26 (22,8%), Unidades de Saúde da Família, e 31, (27,2%) organizadas segundo formas mistas. A maioria dos serviços (62%, 70/113) não trabalha com área de abrangência delimitada de modo planejado. Os serviços se polarizam entre aqueles que realizam entre 70 e 100% de consultas médicas agendadas (37,6%, 41/109), e aqueles que realizam entre 70 e 100% de não agendadas (39,4%, 43/109). Não possuem conselhos locais organizados 65 unidades (63,7%, 65/102). Os dados coletados permitem discutir as características dos principais programas, procedimentos e ações realizados pelos serviços. Os perfis organizacionais predominantes apontam a presença de deficiências de estrutura e processo em relação às diretrizes do SUS. O desenvolvimento de instrumentos de autoavaliação permite que as equipes se apropriem, de forma crítica, de seu trabalho, e possam elaborar novos arranjos tecnológicos para melhoria da qualidade.

Referência(s)