A serviço da pátria: a mobilização das enfermeiras no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial
2000; Fundação Oswaldo Cruz, Casa de Oswaldo Cruz; Volume: 7; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s0104-59702000000200004
ISSN1678-4758
Autores Tópico(s)Migration, Racism, and Human Rights
ResumoO envio de 73 enfermeiras junto à Força Expedicionária Brasileira (FEB) e à Força Aérea Brasileira (FAB) para servir na Itália, em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, é relacionado às políticas do governo Vargas de mobilização da população civil e de montagem de um front interno. O Estado Novo e a guerra foram importantes para a afirmação da enfermagem ‘moderna’, conforme o sistema Nightingale, inclusive como modelo profissional para as mulheres de classe média. A enfermagem permitiu ao Estado engendrar uma de suas mais persuasivas imagens: a da pátria-mãe, que estendia os cuidados maternos à frente de batalha, tornando a guerra uma experiência coletiva que deveria unir todos os homens e mulheres, todos os brasileiros, sem quaisquer estratificações sociais. Esta ação de constituição do front interno conjugava mobilização para a guerra e adesão política das classes médias ao Estado Novo.
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