Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Chá e simpatia: uma estratégia de gênero no Rio de Janeiro oitocentista

1997; Universidade de São Paulo, Museu Paulista; Volume: 5; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0101-47141997000100003

ISSN

1982-0267

Autores

Tânia Andrade Lima,

Tópico(s)

Colonialism, slavery, and trade

Resumo

Inicialmente, a A. traça um quadro do chá e do ritual do chá na Inglaterra, foco da Revolução Industrial, e chama a atenção para seus significados como um instrumento de liberação feminina. A seguir, mobilizando especialmente material arqueológico suplementado por fontes literárias, ela dirige sua análise para a periferia do caRitalismo e esboça a introdução do chá no Brasil. O ritual do chá, claramente sob autoridade feminina, no entanto apresenta uma peculiaridade singular nas classes médias do Rio de Janeiro oitocentista: é servido num espaço masculino por excelência, a sala de jantar. Tal ambigüidade é estudada juntamente com outros rituais mais recentes (que esvaziaram a etiqueta original do chá enquanto rito de passagem!, do ponto de vista das estratégias de gênero.

Referência(s)