
ASPECTOS SOCIOFAMILIARES CONSTITUTIVOS DO ESTUDO SOCIAL DE ADOLESCENTES COM FISSURA LABIOPALATINA
2015; FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO; Volume: 22; Issue: 1 Linguagem: Português
10.17696/2318-3691.22.1.2015.31
ISSN2318-3691
AutoresMaria Inês Gândara Graciano, Maisa Coutinho Santiago, Elisabeth de Oliveira Bonfim, Karoline Angélico Galvão,
Tópico(s)Cleft Lip and Palate Research
ResumoIntrodução: O Serviço Social do cenário deste estudo busca conhecer a realidade socioeconômica dos usuários, identificando os fatores determinantes e condicionantes da saúde, para fins de orientação e intervenção diante do processo de reabilitação. Objetivo: Demonstrar os aspectos sociofamiliares constitutivos do estudo social realizado pelos assistentes sociais de um hospital de ensino no atendimento de adolescentes com fissura labiopalatina residentes em Bauru. Material e Métodos: Pesquisa descritiva com abordagem quanti-qualitativa mediante análise documental de 58 prontuários de pacientes adolescentes (de 12 a 18 anos) com fissura labiopalatina realizada no ano de 2012. Resultados: a) Aspectos Sociais: - famílias nucleares (65,5%), monoparentais (19%) e extensas (10,3%) de estratos socioeconômicos baixos (84,5%) e religião católica (48,1%) ou evangélica (38,9%); - pacientes com nível educacional fundamental (75,8%); estudantes (100%); com bom relacionamento escolar e apoio dos professores (98,3%); sem vínculo ocupacional (96,6%); utilizam recursos próprios para locomoção (51,8%) ou são beneficiados com o passe deficiência (48,2%); expectativa de tratamento global com equipe de reabilitação (91,4%); histórico de assiduidade (75,1%), porém sem abandono ou interrupção de tratamento. b) Ações Interventivas do assistente social: socioassistenciais (94,8%); socioeducativas (93%); articulação com a equipe de saúde (98,3%) e mobilização, participação e controle social (100%) em cumprimento aos princípios para atuação dos assistentes sociais na saúde. Conclusão: Os adolescentes com fissura labiopalatina, apesar do estigma que envolve a deformidade congênita, superaram os limites da deficiência, com boa interação social e apoio na reabilitação. As ações interventivas do Serviço Social evidenciadas nos estudos socioeconômicos revelam o importante papel do assistente social, especialmente na orientação das famílias no sentido de identificar e utilizar os recursos no atendimento e na garantia de seus direitos, tendo como eixo fundamental a prevenção e intervenção junto às situações de abandono e/ou interrupção do tratamento de forma a viabilizar o processo de reabilitação interdisciplinar.
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