
Confiabilidade da medida de espessuras musculares pela ultrassonografia
2010; Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte; Volume: 16; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s1517-86922010000100008
ISSN1806-9940
AutoresPaulo Sérgio Chagas Gomes, Cláudia de Mello Meirelles, Sandra Pereira Leite, Carlos Antônio Barbosa Montenegro,
Tópico(s)Body Composition Measurement Techniques
ResumoOBJETIVO: Determinar a confiabilidade das medidas de espessuras dos músculos flexores e extensores do cotovelo e joelho pela ultrassonografia (US), quantificando o erro típico associado a essas medidas (ETM). MÉTODOS: A confiabilidade (duas medidas interdias) foi determinada em 15 voluntários aparentemente saudáveis (oito mulheres, 33,9 ± 11,4 anos, 76 ± 21kg, 170 ± 10cm). As imagens da musculatura flexora (FC) e extensora do cotovelo (EC) e flexora (FJ) e extensora do joelho (EJ) foram obtidas pela US bidimensional no modo B, utilizando transdutor de 7,5MHz. As espessuras do tecido muscular compreendidas entre as interfaces com o osso e com o tecido adiposo foram medidas em sítios anatômicos identificados e registrados para ser repetidos na segunda medida. RESULTADOS: A ANOVA não identificou diferenças significativas entre as medidas repetidas. Os coeficientes de correlação intraclasse foram FC = 0,970, EC = 0,971, FJ = 0,555 e EJ = 0,929 (P < 0,05 para todos). Os coeficientes de variação foram de 3,9%, 6,1%, 6,6 % e 4,6%, e os ETM 1,3mm, 1,6mm, 4,9mm e 1,9mm, respectivamente, para espessuras de FC, EC, FJ e EJ. A análise dos gráficos de Bland-Altman apontou que as variáveis não apresentaram erro heterocedástico. CONCLUSÃO: As medidas de espessuras musculares de FC, EC e EJ apresentaram alta confiabilidade, possibilitando seu uso para intervenções como programas de dieta, treinamento físico ou reabilitação. No entanto, o uso da medida de FJ não deve ser recomendada, pois mostrou baixa confiabilidade e alto ETM.
Referência(s)