
Cirurgia bariátrica cura síndrome metabólica?
2007; Editora da Universidade de São Paulo; Volume: 51; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s0004-27302007000100013
ISSN1677-9487
AutoresPerseu Seixas de Carvalho, Cora Lavigne de C.B. Moreira, Melina da Costa Barelli, Flávia Heringer de Oliveira, Mariana Furieri Guzzo, Gustavo Peixoto Soares Miguel, Eliana Zandonade,
Tópico(s)Obesity and Health Practices
ResumoOBJETIVOS: Avaliar o impacto da cirurgia bariátrica na síndrome metabólica (SM) e quais os critérios que mais contribuíram para sua remissão após cirurgia. A evolução da leucometria também foi analisada. MATERIAL E MÉTODO: 47 mulheres obesas com SM foram avaliadas. Todas as pacientes foram operadas pela técnica da gastroplastia vertical em Y-de-Roux, com colocação de anel de contenção na anastomose gastro-jejunal (Fobi-Capella). Pacientes foram avaliadas antes da cirurgia e no primeiro ano pós-operatório. RESULTADOS: A glicemia de jejum apresentou queda relevante nos 3 primeiros meses. Ao final de 12 meses, todas as 20 pacientes que tinham DM2 ou glicemia de jejum alterada apresentavam níveis glicêmicos e hemoglobina glicosilada normais. Nenhuma delas estava usando drogas anti-diabéticas. Valores de triglicerídeos reduziram 49,2%. O HDL-colesterol aumentou 27,2%. A redução da pressão arterial foi, em média, de 28,7 mmHg na sistólica e de 20,8 na diastólica. A contagem de leucócitos caiu de 7671/µL para 6156/µL. Glicemia de jejum, triglicerídeos, pressão diastólica e sistólica e HDL-colesterol foram as variáveis que mais contribuíram para a extinção da SM. No final do primeiro ano, essa extinção ocorreu em 80,9% das pacientes. DISCUSSÃO: Cirurgia bariátrica reduz a resistência à insulina e conseqüentemente os riscos cardiovasculares.
Referência(s)