Arcabouço cronoestratigráfico da Formação Mafra (intervalo médio) na região de Rio Negro/PR - Mafra/SC, borda leste da bacia do Paraná
2004; SciELO; Volume: 57; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s0370-44672004000300003
ISSN1807-0353
AutoresLuiz Carlos Weinschütz, Joel Carneiro de Castro,
Tópico(s)Fish biology, ecology, and behavior
ResumoEsse trabalho investiga a porção média da Formação Mafra (Grupo Itararé) na região de Mafra(SC)-Rio Negro(PR). Uma sondagem com 40m testemunhados (PM-6), adjacente a uma grande pedreira com 70m de altura, fornece, em conjunto, quase 100m de seção, dominada por varvitos e diamictitos, representativa do Mafra-Médio. Recobrindo erosivamente esse intervalo, a mesma pedreira expõe 20m de arenitos sigmoidais, já caracterizando a unidade Mafra-Superior. A Formação Mafra-Médio consiste de ciclos de granocrescência ascendente (varvito a diamictito), recobertos por um complexo ciclo granodecrescente (arenito-diamictito-varvito), atribuído a eventos de deglaciação; esse evento culmina com a deposição de siltito fossilífero marinho, que, ao contrário das demais fácies, não tem clastos caídos (dropstones). As complexas relações laterais que marcam o ciclo/evento de deglaciação podem ser documentadas em uma seção estratigráfica com cinco afloramentos. A base do evento é erosiva, fornecendo calhas que acomodam localmente grandes espessuras; tal sucessão transgressiva, desenvolvida com a deglaciação, deve-se ao recuo progressivo das geleiras. O intervalo médio da Formação Mafra representa um trato de sistemas transgressivo/de nível de base alto de uma seqüência deposicional de 3ª ordem, junto com os arenitos e siltitos do Mafra-Inferior, estes constituindo o trato de sistemas de nível baixo.
Referência(s)