Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

EFEITO DO TREINAMENTO FÍSICO AERÓBICO EM CORONARIOPATAS SUBMETIDOS A UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR

2007; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 40; Issue: 3 Linguagem: Português

10.11606/issn.2176-7262.v40i3p403-411

ISSN

2176-7262

Autores

Maurício Milani, Renata Torres Kozuki, Júlio César Crescêncio, Valéria Papa, Michele DB Santos, Camila Quaglio Bertini, Cristiana AF Amato, Vanessa CR Miranda, Fábio Giacomini Flosi, Nataly Lino Izeli, Benedito Carlos Maciel, Lourenço Gallo,

Tópico(s)

Cardiovascular and exercise physiology

Resumo

Modelo do estudo: Retrospectivo. Objetivos do estudo: Avaliar o efeito do treinamento físico aeróbico nas variáveis cardiovasculares em pacientes coronariopatas participantes do Programa de Reabilitação Cardiovascular. Metodologia: Foram incluídos pacientes portadores de coronariopatia estável e foram avaliadas as variáveis cardiovasculares de testes ergométricos seriados, realizados antes e após um período mínimo de 12 semanas de treinamento físico aeróbico em um Programa de Reabilitação Cardiovascular, de fevereiro de 2002 a julho de 2005. Resultados: Documentou-se incremento significativo (p < 0,0001) do consumo de oxigênio pico (VO2 pico) após a reabilitação cardiovascular (30,1 ± 9,5 versus 35,5 ± 8,8 ml/kg/min). Este delta do VO2 pico apresentou correlação negativa com a capacidade física inicial, com maiores ganhos nos pacientes com menores valores iniciais de VO2 pico. Não foram observadas diferenças significativas na pressão arterial sistólica e no duplo produto pico, e uma diferença de pequena magnitude foi observada na freqüência cardíaca pico. A melhora no limiar isquêmico do miocárdio, avaliada pelo consumo de oxigênio na positivação, foi ainda mais expressiva, com incremento de 7,4 ml/kg/min (p < 0,0001) (21,0 ± 6,9 versus 28,4 ± 8,2 ml/kg/min). Conclusões: A reabilitação cardiovascular melhorou a capacidade física e o limiar isquêmico de pacientes participantes do Programa de Reabilitação Cardiovascular. O benefício na capacidade física foi maior nos pacientes com menores valores iniciais de consumo de oxigênio pico.

Referência(s)