
Utilização do azul de metileno no tratamento da síndrome vasoplégica após cirurgia cardíaca
1996; Brazilian Society of Cardiovascular Surgery; Volume: 11; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s0102-76381996000200009
ISSN1678-9741
AutoresJosé Carlos S Andrade, Mário Lúcio Batista Filho, Paulo Roberto Barbosa Évora, José Roberto Tavares, Ênio Buffolo, Expedito E. Ribeiro, Lélio A Silva, Carlos Alberto Teles, Antônia Petrizzo, Vitor V Barata Filho, Renato Duprat,
Tópico(s)Congenital Heart Disease Studies
ResumoRelata-se a restauração da resistência vascular sistêmica com o uso do azul de metileno (AM) em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca com e sem circulação extracorpórea. Todos os pacientes apresentaram no pós-operatório imediato quadro de taquicardia, oligúria, manutenção da perfusão periférica e importante hipotensão arterial sistêmica, retrataria a grandes doses de catecolaminas. As avaliações hemodinâmicas pela técnica de termodiluição com cateter de Swan-Ganz monstraram padrão compatível com síndrome vasoplégica, com índice de resistência vascular sistêmica média de 868 dina. s. cm5, sem resposta a drogas vasoativas. À semelhança do choque endotóxico, a síndrome foi interpretada como decorrente da estimulação da enzima óxido nítricosintetase com conseqüente formação de óxido nítrico (NO) pelas células endoteliais. Utilizou-se então AM, como bloqueador do NO no sistemaguanililciclase/guanino-monofosfatociclase, na dose de 1,5 mg/kg peso, em infusão intravenosa por uma hora. O restabelecimento do tônus vascular sistêmico (IRVS = 1693 dina. s. cm5) com normalização da pressão arterial e do quadro clínico, foi efetivo e rápido, mostrando ser o AM uma promissora droga na diminuição da morbi-mortalidade da síndrome vasoplégica.
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