
Substituição da fibra de vidro por fibra de bananeira em compósitos de polietileno de alta densidade: parte 1. Avaliação mecânica e térmica
2013; Associação Brasileira de Polímeros; Issue: ahead Linguagem: Português
10.1590/s0104-14282013005000010
ISSN1984-7386
AutoresThiago Santiago Gomes, Leila L. Y. Visconte, Élen Beatriz Acordi Vasques Pacheco,
Tópico(s)Recycling and Waste Management Techniques
ResumoA utilização das fibras naturais como reforço tem conquistado a atenção da comunidade científica e das indústrias, como alternativa às fibras inorgânicas, apresentando vantagens como grande abundância e baixa massa específica [1] .Dentre as fibras vegetais mais usadas destacam-se as fibras de sisal, coco, curauá, bambu, pinus, bananeira, além de outras [2] .Estima-se que as plantações de bananeiras, no Brasil, sejam responsáveis pela ocupação de uma área de 500 mil hectares, sendo a segunda fruta mais cultivada no país [3] .No entanto, fibras vegetais apresentam início de degradação em 200-220 °C[4] , sendo adequadas para reforçar polímeros que sejam processados até essa temperatura, como o polipropileno (PP), poli(cloreto de vinila) (PVC) e polietilenos de alta (HDPE) e de baixa (LDPE) densidades [5] .Para comparar o efeito desse reforço, propriedades mecânicas como resistência à tensão e módulo de elasticidade servem como base para avaliar o desempenho mecânico de diferentes materiais, bem como avaliar o efeito de fatores, tais como volume, orientação, dispersão da fibra na matriz polimérica, além da afinidade química entre fibra e matriz [6,7] .No sentido de avaliar tais fatores, Yuan et al. [8] preparam compósitos com diferentes tamanhos de fibra de madeira de carvalho (125, 180 e 250 µm) utilizando a técnica de extrusão com dupla rosca seguida do processo de injeção, para a mistura do material e obtenção dos corpos de prova, respectivamente.Estudaram a influência do tamanho da fibra nos compósitos de poliolefinas (PP e HDPE).Houve um ganho nas propriedades mecânicas do compósito com o aumento do tamanho da fibra, passando de 125 para 180 µm.Porém, quando o tamanho da fibra passou de 180 para 250 µm, ocorreu um decréscimo na propriedade, evidenciando, assim, a existência de um tamanho ótimo para esse tipo de fibra [8] , para a obtenção de efeito mais positivo.Como cada fibra apresenta diferentes propriedades e características morfológicas, Mueller e Krobjilowski [9] compararam compósitos de polipropileno com as fibras de linho (Linum usitatissimum), cânhamo (Cannabis sativa), kenaf (Hibiscus cannabinus) e fibra de vidro, utilizando uma estrutura de sanduíche, dispondo as fibras de forma aleatória, sem trançamento dessas fibras, para a confecção do compósito.Os autores destacaram que, apesar do compósito com fibra de vidro possuir maior resistência à tração, quando as fibras vegetais eram utilizadas em maiores proporções no compósito com PP, elas se apresentavam como alternativa viável à substituição da fibra de vidro.
Referência(s)