
Afecções ortopédicas dos membros pélvicos em cães: estudo retrospectivo
2011; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 41; Issue: 5 Linguagem: Português
10.1590/s0103-84782011005000055
ISSN1678-4596
AutoresMariana Moraes Dionysio de Souza, Sheila Canevese Rahal, Carlos Roberto Padovani, Maria Jaqueline Mamprim, José Henrique Cavini,
Tópico(s)Veterinary Equine Medical Research
ResumoO objetivo deste estudo foi caracterizar as afecções ortopédicas dos membros pélvicos em cães atendidos no Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, UNESP Botucatu (São Paulo - Brasil), durante um período de 7 anos. De um total de 889 animais avaliados, 31,9% apresentaram fraturas dos ossos longos, 15,1% displasia coxofemoral, 13% luxação de patela, 11,7% ruptura do ligamento cruzado cranial, 11,5% fraturas da pélvis e 7,9% luxação coxofemoral. As doenças com menor prevalência (4,4%, n=39) foram as luxações tíbio-társica e tarso-metatarsiana, a necrose asséptica da cabeça do fêmur, a osteomielite e os tumores ósseos, entre outras. As fraturas de tíbia/fíbula (14,5%) foram mais comuns que as do fêmur (14,2%,), sendo os machos (54,2%) mais afetados que as fêmeas (45,8%). Na displasia coxofemoral, 67,9% dos cães tinham idade entre 2 e 12 anos e a raça de maior prevalência foi o Pastor Alemão (21,6%), seguida pelo Rottweiler (17,2%) e Labrador (11,2%), sendo que os cães sem raça definida compreendiam 15,7% do total. Dos casos de luxação patelar, 89,6% foram classificadas como medial, com 36,2% pertencentes à raça Poodle, 16,4% sem raça definida e 12,9% da raça Pinscher. A ruptura do ligamento cruzado foi mais observada naqueles das raças Pit Bull (14,4%), Boxer (11,5%), Poodle (10,6%) e Rottweiler (10,6%), com 29,8% do total sem raça definida. Quanto à idade, 62,5% deles tinham menos que 7 anos. A causa principal da fratura da pélvis foram os acidentes automobilísticos (89,2%), sendo 52,0% dos cães com idade menor que 3 anos e 45,1% machos. Em 86,3% dos casos, a pélvis estava polifraturada. Das luxações coxofemorais, 57,1% foram associadas a atropelamentos, com idade de apresentação variando de 2 a 18 anos, e maior prevalência nos cães sem raça definida (44,3%), seguido pelos da raça Poodle (32,9%). Baseado nos dados obtidos, foi possível concluir que, na população estudada, em ordem decrescente, as doenças ortopédicas mais prevalentes foram: fraturas por acidentes automobilísticos, displasia coxofemoral, luxação de patela medial, ruptura do ligamento cruzado cranial, polifratura da pélvis e luxação coxofemoral traumática.
Referência(s)