Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Recursos genéticos do banco de germoplasma de hortaliças da UFV: histórico e expedições de coleta

2001; Associação Brasileira de Olericultura; Volume: 19; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0102-05362001000200002

ISSN

1806-9991

Autores

Derly José Henriques da Silva, Maria C. C. L. Moura, Vicente Wagner Dias Casali,

Tópico(s)

Growth and nutrition in plants

Resumo

O presente trabalho teve por objetivo disponibilizar informações sobre o germoplasma de hortaliças da Universidade Federal de Viçosa (UFV), e as coletas realizadas nas últimas quatro décadas, registradas no banco de germoplasma de hortaliças (BGH-UFV). No Brasil, em 1966, a UFV, com o apoio da Fundação Rockefeller, criou o BGH com a finalidade de resgatar espécies nativas ou introduzidas, de preservar, documentar e manter intercâmbio de germoplasma de outras regiões do globo, avaliando o seu potencial para as condições climáticas das diversas regiões do Brasil. Os recursos genéticos do BGH representam 23 anos de coleta, pois esta atividade intermitente iniciou-se em 1964, com seis anos de coleta nas décadas de 60 e 70 e sete e quatro anos nas décadas de 80 e 90, respectivamente. O número máximo de coletas realizadas foi em 1967, com 1.480 acessos. Atualmente, o BGH da UFV possui 6.559 acessos, com 25 famílias e 106 espécies. As famílias com maiores participações são Solanaceae (44,21%); Leguminosae (16,83%); Cucurbitaceae (15,70%); e as demais famílias, (23,26%). As informações contidas neste trabalho revelam que, no Brasil, a preocupação com a coleta de recursos genéticos de hortaliças, visando resgatar a variabilidade de populações de grande importância, antecede a criação do IPGRI na década de 70. Pela sistematização dos dados registrados, constata-se, também, que é expressiva a quantidade de acessos coletados, tão quanto o é a diversidade de espécies, o que é uma vantagem, pois a fonte de genes mais utilizada no desenvolvimento varietal continuará sendo o germoplasma das espécies cultivadas. A vulnerabilidade genética só pode ser evitada com a variabilidade, a qual depende dos recursos genéticos.

Referência(s)