Artigo Revisado por pares

Providencialismo e profecia nas crónicas portuguesas da expansão

1994; Liverpool University Press; Volume: 71; Issue: 1 Linguagem: Português

10.3828/bhs.71.1.67

ISSN

1478-3398

Autores

Luís de Sousa Rebelo,

Tópico(s)

Medieval Iberian Studies

Resumo

O discurso historico da expansao elege devidamente como termo a quo da narrativa a tomada de Ceuta no Norte de Africa em 1415. Considerado em si mesmo, o acontecimento constitui um episodio notavel da estoria do reinado de D. Joao I e da sua vida com os infantes em relacao a proposta que lhes faz o seu vedor da fazenda. Assim o entende Gomes Eanes de Zurara (1410/1420-1473/74) na sua Cronica da tomada de Ceuta por el Rei D. Joao I, composta entre 1449 e 1450, quando a exploracao da costa africana ocidental pelos Portugueses havia chegado a Guine. Nao ha em Zurara a perspectivacao de conjunto, nem a visao global, que sera a dos cronistas de Quinhentos e tera na epopeia camoniana—tao frequentemente tomada como meridiano destas viagens do olhar—o seu ângulo de altura. Dentro das convencoes do genero literario, que e a cronica, este feito das armas portuguesas vai ser articulado nao apenas com o relato da sucessao dinastica e da sua crise, desenvolvida por Fernao Lopes na Cronica de D. Joao I (1a Parte), mas ...

Referência(s)
Altmetric
PlumX