Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Análise microscópica e ultraestrutural das glândulas salivares mandibulares de Procyon cancrivorus

2013; Colégio Brasileiro de Patologia Animal (CBPA); Volume: 33; Issue: suppl 1 Linguagem: Português

10.1590/s0100-736x2013001300007

ISSN

1678-5150

Autores

Amilton César dos Santos, Vanessa Cristina de Oliveira Souza, Diego Carvalho Viana, Luís Miguel Lobo, Carlos Eduardo Ambrósio, Antônio Chaves de Assís Neto, Ana Catarina Carvalho, Celina Almeida Furlanetto Mançanares,

Tópico(s)

Ruminant Nutrition and Digestive Physiology

Resumo

Devido a importância ecológica dos Procyon cancrivorus, o objetivo deste trabalho foi caracterizar morfologicamente e ultra estruturalmente a glândula salivar mandibular desta espécie. Foram utilizadas 10 pares (direita e esquerda) de glândulas salivares mandibulares de cinco animais adultos. As glândulas salivares mandibulares foram dissecadas e mensuradas com paquímetro de precisão e posteriormente processadas por técnica rotineira de histologia e coradas por HE (hematoxilina e eosina) e Picrossírius. Fragmentos das glândulas foram processados para análise em microscopia eletrônica de varredura (MEV). As glândulas salivares mandibulares direitas e esquerdas de P. cancrivorus apresentaram-se lobuladas, formato ovalado, e posicionadas entre a fossa atlantis e o osso basihyoideum do crânio. Microscopicamente, estas glândulas estavam revestidas por uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado, a qual adentra a glândula através de septos, dividindo-a em lóbulos. Nos septos de tecido conjuntivo estão presentes vasos sanguíneos e nervos, além de ductos interlobulares excretores. Dentro dos lóbulos das glândulas salivares mandibulares, são encontrados ductos do tipo estriado e intercalar, além de predomínio de ácinos do tipo mucoso. Os resultados permitem concluir que as glândulas salivares mandibulares dos Procyon cancrivorus, seguem o padrão estrutural descrito em outras espécies de mamíferos. No entanto os tipos de ácinos podem variar entre as espécies, sendo, portanto, necessários futuros estudos histoquímicos e de biologia celular para desvendar a importância dessa variação para a espécie aqui estudada, comparando com seu hábito alimentar.

Referência(s)