
O papel do reumatologista frente à fibromialgia e à dor crônica musculoesquelética
2006; Elsevier BV; Volume: 46; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s0482-50042006000100001
ISSN1809-4570
Autores Tópico(s)Musculoskeletal pain and rehabilitation
ResumoO Papel do Reumatologista Frente à Fibromialgia e à Dor Crônica Musculoesquelética mbora seja uma das principais doenças observadas nos consultórios reumatológicos, a fibromialgia ainda não recebe a merecida atenção de nossa especialidade.A falta de conhecimento profissional adequado e, por vezes, a simples falta de disposição em se aprofundar no assunto têm gerado um excesso de diagnósticos errôneos de fibromialgia, frequentemente deixando desapercebida a presença de outras doenças, prolongando o sofrimento destes pacientes e, em alguns casos, colocando suas vidas em risco.Felizmente, a falta de crença na fibromialgia tornouse coisa do passado.O seu reconhecimento como uma entidade nosológica real nos proporcionou uma melhora considerável na compreensão dos mecanismos de geração e perpetuação da dor.O reconhecimento das vias excitatórias e inibitórias da dor, as ações e interações de diversos neurotransmissores, tais como a serotonina, substância P, glutamato, com seus respectivos receptores, possibilitaram uma melhor compreensão dos mecanismos de amplificação dolorosa, neuroplasticidade e sensibilização central e periférica, que explicam muitos dos seus sintomas.Apesar de ter sido considerada por muitos anos como doença de fundo emocional, sabemos que o processo doloroso em vias nervosas já neuroquimicamente sensibilizadas gera uma reatividade emocional, exacerbando a sensibilidade dolorosa e facilitando o aparecimento de distúrbios psicossociais secundários e desordens psiquiátricas coexistentes
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