Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Atrição dental em Didelphis albiventris e D. marsupialis (Marsupialia, Didelphimorphia, Didelphidae) do Sul do Brasil

2004; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 34; Issue: 4 Linguagem: Português

10.1590/s0103-84782004000400025

ISSN

1678-4596

Autores

Marília da Silva Aguiar, Jorge Ferigolo, João Luiz Rossi, Marco Antônio Gioso,

Tópico(s)

Bone and Dental Protein Studies

Resumo

Pesquisou-se o nível de desgaste dental (atrição e/ou abrasão) em 168 espécimes de Didelphis albiventris e D. marsupialis (gambás) do sul do Brasil. O desgaste foi muito importante, com elevada freqüência de dentina terciária e de exposição da câmara coronária e/ou do canal radicular, devido à associação de fraturas e desgaste, pois as fraturas predispõem ao desgaste e este favorece as fraturas. O grau de desgaste aumentou com a idade dos animais. A ordem crescente na freqüência de dentina terciária nos dentes caudais aos caninos foi: primeiro, segundo e terceiro molares, terceiro e segundo pré-molar, e quarto molar. Diferentemente de outros onívoros, em Didelphis o desgaste dentário parece mais relacionado às fraturas devidas aos alimentos (seguida de atrição/abrasão) do que ao contato entre os dentes. Ao contrário da literatura, os molares tribosfênicos não parecem "ideais" para tal dieta onívora, o que é evidenciado pela elevada freqüência de desgaste, fraturas e exposição da câmara coronária ou do canal radicular.

Referência(s)