
Clube do livro, alfabetização e comunicação
1998; Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional; Volume: 2; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s1413-85571998000200011
ISSN2175-3539
Autores Tópico(s)Information Science and Libraries
ResumoClubes de leitura, clubes de livro e similares ocupam um psicoeducacional e social progressivamente maior e de grande valor, constituindo-se em area de pesquisa de muitos investigadores, de areas distintas do conhecimento. Muitos dos trabalhos de pesquisa e de estudo destes clubes sao resultado do trabalho conjunto de professores universitarias com os docentes de outras series ou em que o docente e tambem pesquisador. O livro resenhado reflete esta situacao. A apresentacao da obra e da autoria de Bemice E. Cullinan, que aponta para o referido no paragrafo anterior como resultando em crescimento inesperado mas de grande impacto inclusive na comunidade, com os novos conhecimentos e pesquisas introduzindo mudancas significativas no ensino da leitura. O prefacio leva a assinatura de Raphael e McMahon os quais explicam que o livro resultou de um longo projeto de seis anos para mudar as perspectivas e definicoes de alfabetizacao, o curriculo de leitura e intensificar a integracao universidade-escolas de outros niveis dentro do enfoque de docente-pesquisador. A primeira parte do livro e constituida por cinco capitulos e um comentario enfocando as caracteristicas, a criacao e os componentes de um Clube do Livro. O primeiro capitulo apresenta as bases teoricas e pesquisas sobre o clube, segundo a perspectiva adotada no livro, ou seja, com base em Vygotsky, Bruner, Mead, Baktin, Cazden e outros. A preocupacao e, segundo destacam McMahon e Raphael, a constituicao de uma comunidade que ofereca boas oportunidades para interacao entre os alunos, que tenham oportunidade de dar multiplas respostas e que sejam monitorados pelo professor. Entretanto, o discurso apresenta. o enfoque adotado como o unico e (por falta de referencial) possivelmente o primeiro a ter tais preocupacoes o que nao e correto. A omissao de qualquer outra possibilidade e que pode levar ao leitor esta visao distorcida. No capitulo seguinte Raphael e Goatley apresentam a sala de aula como comunidade e ha superposicao conceitual em relacao ao capitulo anterior. Para que isto ocorra retomam o espaco de Vygotsky (publico-privado; social-individual) segundo revisao de Harre incluindo os processos de apropriacao, transformacao, publicacao e convencionalizacao. McMahon enfoca a leitura dentro do Clube do Livro que deve incluir a construcao de significados, responder a textos e envolver-se com o discurso literario para que se forme a comunidade de leitores. Raphael e Boyde tratam da formacao de escritores competentes a partir dos clubes e McMahon enfoca a criacao de contexto que viabilize a discussao entre os alunos, trata tambem de questoes curriculares como as necessidades de instrucoes explicitas, o papel dos modelos (especialmente dos adultos etc.). Os comentarios desta parte foram redigidos por Wells e retomam pontos dos capitulos anteriores tendo por foco o tornar-se literato para o que o clube deve propiciar condicoes, dai a relevância da literatura. A Segunda parte do livro analisa a pesquisa no programa do Clube do Livro e tambem e composta por cinco capitulos, sendo que cada um e seguido por um breve comentario. No primeiro deles, Goatley enfoca as estrategias para implantar e usar o clube com estudantes que frequentam servicos de educacao especial, descrevendo tres estudos enfatizando os aspectos tecnicos e estrategias usados. Nos comentarios de Englert a cooperacao e apoio entre membros do grupo sao
Referência(s)