O Império é que era a República: a monarquia republicana de Joaquim Nabuco
2012; Centro de Estudos de Cultura Contemporânea, CEDEC; Issue: 85 Linguagem: Português
10.1590/s0102-64452012000100008
ISSN1807-0175
Autores Tópico(s)Politics and Society in Latin America
ResumoO artigo debruça-se sobre a incompreendida fidelidade à Monarquia por parte de Joaquim Nabuco depois da Abolição da Escravatura, quando ele passou a refletir sobre as condições de possibilidade de construção de uma sociedade republicana liberal no Brasil. Estudando seus escritos monarquistas publicados entre 1888 e 1896, percebe-se que Nabuco permaneceu monarquista por julgar que o advento do regime republicano, na modalidade oligárquica proposta pelo partido homônimo, ao invés de auxiliá-la, prejudicaria o advento de uma sociedade autenticamente republicana, liberal e democrática. Considerações de ordem pragmática levavam-no a ver a Monarquia como um instrumento capaz de mais bem preparar a sociedade brasileira para uma República que fosse além do mero rótulo, sem desnível entre forma e conteúdo, o país legal e o real.
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