Artigo Acesso aberto

Efeito da denervação cardíaca ventral na incidência de fibrilação atrial após revascularização cirúrgica do miocárdio

2008; Brazilian Society of Cardiovascular Surgery; Volume: 23; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0102-76382008000200009

ISSN

1678-9741

Autores

João Roberto Breda, Ana Silvia Castaldi Ragognetti Breda, Andréa Cristina Oliveira Freitas, Adriano Meneghini, Carlos Mendes Tavares, Luíz Carlos de Abreu, Neif Murad, Adilson Casemiro Pires,

Tópico(s)

Cardiac, Anesthesia and Surgical Outcomes

Resumo

OBJETIVO: Verificar o efeito da denervação cardíaca ventral na incidência de fibrilação atrial no pós-operatório de revascularização cirúrgica do miocárdio. MÉTODOS: Entre setembro e novembro de 2005, 50 pacientes consecutivos da mesma instituição foram alocados neste estudo prospectivo e randomizado. Foram selecionados pacientes portadores de insuficiência coronariana com indicação de revascularização cirúrgica do miocárdio, sem história ou diagnóstico prévio de arritmia atrial. Os critérios de exclusão foram: idade acima de 75 anos, história prévia de arritmia atrial e operações cardíacas associadas. A denervação era realizada antes do início da circulação extracorpórea pela remoção do tecido gorduroso ao redor da veia cava superior, aorta e artéria pulmonar. Os grupos foram comparados de acordo com as características clínicas, demográficas e variáveis operatórias. RESULTADOS: Não houve mortalidade hospitalar em ambos os grupos. O tempo médio adicional para realização da denervação foi de 7,64 + 2,33 minutos e não houve complicações associadas ao procedimento. Cinco pacientes apresentaram fibrilação atrial no pós-operatório, sendo dois (8%) no grupo controle e três (12%) no grupo denervação. O risco dos pacientes do grupo denervação apresentarem fibrilação atrial foi 22% maior do que no grupo controle (intervalo de confiança, 0,56-2,66), porém, este resultado não foi estatisticamente significativo (p=0,64). CONCLUSÕES: A denervação cardíaca ventral, apesar de rápida execução e de baixo risco, não apresentou efeito na redução da incidência de fibrilação atrial no pós-operatório de revascularização cirúrgica do miocárdio.

Referência(s)