
Determinantes macroeconômicos do spread bancário no Brasil: teoria e evidência recente
2006; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 10; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1590/s1413-80502006000400007
ISSN1980-5330
AutoresJosé Luís Oreiro, Luiz Fernando de Paula, Guilherme Jonas Costa da Silva, Fábio Hideki Ono,
Tópico(s)Global Financial Crisis and Policies
ResumoNo Brasil, em razão do sucesso do processo de estabilização de preços, da maior abertura e integração ao mercado financeiro internacional e, mais recentemente, da adoção de um regime de taxa de câmbio flutuante, esperava-se que os spreads bancários iriam, em algum grau, convergir para os níveis internacionais, o que acabou por não acontecer. De fato, um dos principais fatores que impedem o crescimento do crédito no Brasil - cuja relação crédito/PIB tem caído de forma acentuada de 1994 aos dias de hoje - são as elevadíssimas taxas de juros dos empréstimos que têm sido praticadas no País. O presente artigo tem por objetivo aprofundar a discussão sobre a determinação do spread bancário no Brasil, procurando mostrar que os determinantes ma-croeconômicos são fatores importantes a serem considerados na explicação do comportamento do spread no País. Para tanto, realiza-se uma análise de regressão múltipla com o intuito de identificar as variáveis macroe-conômicas que podem estar influenciando direta ou indiretamente o spread no Brasil no período 1994/2003. O artigo apresenta evidências de que a elevada volatilidade da taxa de juros e seu nível são os determinantes macroeconômicos principais do elevado spread bancário no Brasil.
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