Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Tratamento percutâneo multivaso da Arterite de Takayasu

2006; Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC); Volume: 87; Issue: 5 Linguagem: Português

10.1590/s0066-782x2006001800024

ISSN

1678-4170

Autores

Rogério Tumelero, Júlio César Teixeira, Norberto Duda, Alexandre Pereira Tognon, Mateus Rossato,

Tópico(s)

Cerebrovascular and Carotid Artery Diseases

Resumo

Arterite de Takayasu, indígena, stent, ultra-som intravascular, intervenção extra-cardíaca de 75 batimentos por minuto, sobrecargas atrial e ventricular esquerdas e alterações da repolarização ventricular (Fig. 1).O exame radiográfico do tórax demonstrou aumento da área cardíaca, aorta ascendente alongada e dilatada, sem sinais de congestão pulmonar.Os exames laboratoriais demonstraram: uréia 53mg/dl (15-45), creatinina 1,39mg/dl (0,6-1,4), Velocidade de hemossedimentação (VSG) 101mm/h (10-20mm/h), proteína C reativa 30 (até 6,0), mucoproteínas em tirosina 8,8 mg/dl (1,7 a 5,1).O exame ultra-sonográfico das carótidas evidenciou espessamento difuso e extenso das paredes causando, na carótida comum esquerda, estenose de 70% do seu lúmen.Suspeitando-se da doença de Takayasu e, para confirmar a hipótese de outras lesões arteriais, a paciente foi submetida a cineangiocoronariografia, aortografia e arteriografia periférica, as quais demonstraram artérias coronárias normais, lesão grave A Arterite de Takayasu (AT) é uma vasculite crônica que envolve principalmente a aorta e seus ramos principais, produzindo sintomas isquêmicos variados devido às lesões estenóticas ou à formação de trombos [1][2][3][4][5][6] .O tratamento percutâneo com implante de stent é factível para a correção das estenoses arteriais coronarianas, carotídeas e lesões periféricas, e, cada vez mais, tem sido considerado no manejo da Arterite de Takayasu 7-10 . Relato do casoPaciente feminina, indígena, 25 anos, natural e procedente de reserva indígena da tribo Kaingang procurou atendimento médico com queixas de cefaléia holocraniana, de forte intensidade, acompanhada de náuseas e vômitos.Em agosto de 2002, apresentou episódio de edema agudo de pulmão (EAP).Procurou, então, atendimento médico, ocasião em que se diagnosticou hipertensão arterial sistêmica (HAS).Encaminhada para investigar causas possíveis do quadro de EAP.Ao exame físico, estava em bom estado geral, ausculta cardíaca com ritmo regular e sopro diastólico de regurgitação no foco aórtico +++/6.Ausculta pulmonar com diminuição do murmúrio vesicular.Observou-se redução do pulso carotídeo esquerdo, pulso radial no membro superior direito em martelo d´água, não sendo palpáveis os pulsos radial, braquial, pedioso e tibial posterior à esquerda.Apresentava pressão arterial (PA) no braço direito de 200x40 mmHg, não sendo possível aferí-la no braço esquerdo pela ausência de pulso.Detectou-se sopro sistólico carotídeo bilateral, com frêmito no lado direito, sopro na artéria femoral direita e sopro abdominal.O fundo de olho apresentava estreitamento arteriolar, acentuação do reflexo arteriolar e cruzamentos arteríolo-venulares

Referência(s)