
Amor e Sexualidade: o masculino e o feminino em grafites de Pompéia
2007; UNIVERSIDADE EST.PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO; Volume: 26; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s0101-90742007000100014
ISSN1980-4369
Autores Tópico(s)Art, Politics, and Modernism
ResumoDitado Popular Chines A historiadora Lourdes Conde Feitosa ja vem, ha alguns anos, se dedicando a uma leitura detalhada dos grafites pompeianos. Essa riqueza iconografica ficou durante muito tempo esquecida, em razao da pouca importância dada aaimagem como documento, pelo meio academico brasileiro, ainda preso a um padrao historicista alemao do seculo XIX, para o qual a documentacao “escrita” e a unica forma de se construir a Historia. Quem nunca leu essa afirmacao: “a dificuldade de estudar Brasil Colonia e em razao da falta de documentacao e textos escritos”? Se essa dificuldade, segundo esses especialistas, existe para o conhecimento e analise do caso brasileiro, imaginem em outras epocas, outras civilizacoes e outras culturas? Infelizmente essa heranca do seculo XIX atingiu tambem os campos academicos do seculo XX. Grande parte do vocabulario cientifico e seus conceitos, adotados hoje, foram construidos entre os anos de 1840 e 1890. A propria Historia, como ciencia, teve de se adequar a essa construcao, ao rigor dos padroes cientificos newtonianos. “O documento fala por si”, “sem documentacao escrita nao existe Historia”. Qual historiador nao ouviu, e tremeu, diante dessas frases de efeito? Por meio de uma identificacao inicial, seguida de uma profunda analise critica, Feitosa nos apresenta os agentes responsaveis por essa producao iconografica, mostrando para nos o quotidiano desses homens e dessas mulheres. Nos grafites encontramos varias expressoes simbolicas relacionadas com sexualidade, amor, visao e critica de uma sociedade antiga, congelada nas paredes de Pompeia, conservada gracas a uma catastrofe da natureza. A importância dessas imagens no dia-a-dia romano era tanta que, a minisserie produzida e apresentada pelo canal HBO, “Roma”, apresenta na abertura da pelicula, junto com os creditos, os grafites como se estivessem “vivos”, em
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