
A força do trabalho feminino na Odontologia, em Araçatuba - SP
2003; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 11; Issue: 4 Linguagem: Português
10.1590/s1678-77572003000400005
ISSN1678-7765
AutoresSuzely Adas Saliba Moimaz, Nemré Adas Saliba, Mikaela Reginee Basso Blanco,
Tópico(s)Medical Malpractice and Liability Issues
ResumoNos últimos anos tem havido um processo de feminilização nas profissões, principalmente na área da saúde. Nesse trabalho, o objetivo foi analisar o exercício da odontologia por profissionais do sexo feminino, quanto à renda mensal obtida com a profissão, ao grau de satisfação e problemas enfrentados, dentre outros aspectos. Foram entrevistadas 100 cirurgiãs-dentistas, da cidade de Araçatuba, SP, utilizando-se um formulário com 30 perguntas. Os resultados mostraram que 87% disseram não ser a principal fonte de renda de sua família, 38% possuem renda mensal inferior à R$1.500,00; 44% afirmaram que a renda obtida com o exercício profissional não é suficiente. Do total, 78% consideram-se satisfeitas com a profissão, porém 58,2% não incentivariam seus filhos a cursarem odontologia. As principais queixas apontadas são: a baixa remuneração que a profissão lhes proporciona e a saturação do mercado de trabalho. Quanto à saúde, 50,5% possuem algum problema relacionado à atuação profissional, principalmente dores na coluna e varizes. Conclui-se que embora a maioria das entrevistadas afirmou estar satisfeita com a profissão, os problemas financeiros, de saúde, as queixas e a não recomendação da profissão para o filho, traduzem a insatisfação, às vezes inconsciente, das mulheres no exercício da odontologia.
Referência(s)