Artigo Acesso aberto Revisado por pares

LOPES, Rhuan Carlos dos Santos. 2014. "O melhor sítio da Terra". Colégio e Igreja dos jesuítas e a paisagem da Belém do Grão-Pará. Belém: Editora Açaí. 153 pp.

2014; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; Volume: 20; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/s0104-93132014000300010

ISSN

1678-4944

Autores

Cybelle Salvador Miranda,

Tópico(s)

Urban Development and Societal Issues

Resumo

o que e denominado oficialmente pelo Iphan de Conjunto Arquitetonico, Urbanis-tico e Paisagistico da Praca Frei Caetano Brandao, no nucleo inicial da ocupacao portuguesa na capital do estado do Para.Tendo como conceito norteador as “paisagens de poder” numa epoca de-terminada, qual seja, os dois primeiros seculos da ocupacao do sitio inicialmente denominado “Feliz Lusitânia”, dialoga diacronicamente com a contemporanei-dade de modo assaz pertinente, atraves do ressurgimento da antiga denominacao no atual “Lugar de memoria”, seguindo o atributo cunhado por Pierre Nora. O “Feliz Lusitânia” de hoje abrange e repotencializa a paisagem de poder co-lonial, dessacralizada e tambem desmili-tarizada, mas novamente sacralizada em nome de uma perspectiva de conversao do patrimonio edificado em cenarios es-tetizados para o consumo turistico. Espaco intricado, o atual “Complexo Feliz Lusitânia” foi objeto de pesquisas inaugurais, como o estudo do tracado urbano do bairro de Cidade, realizado por Renata Malcher de Araujo em 1998, que evidencia o planejamento radial adotado nessa povoacao, contradizendo a literatura tradicional que adjetiva o urbanismo colonial portugues como nao as intervencoes realizadas no inicio dos anos 2000 e que tiveram como evento--sintese a derrubada do muro, dentre outros estudos relacionados a historia da arquitetura. Nesta paisagem de po-der ampliada pela existencia do Forte do Presepio, do antigo Hospital Militar, hoje Centro Cultural Casa das 11 Janelas, memoria e esquecimento andam de maos dadas, sendo significativa a lacuna que denota o apagamento do primeiro hos-pital de Belem, o Hospital da Caridade, tambem chamado Bom Jesus dos Pobres Enfermos. Em 1807, a casa de saude passou para a administracao da Irman-dade da Misericordia, a qual adotou a Igreja de Santo Alexandre como local de culto, onde se realizavam peditorios em prol da assistencia aos enfermos, objeto de discordia e polemica registrada na imprensa da epoca. Ao longo de tres capitulos, Rhuan Car -los situa seus marcos teoricos referentes a arqueologia historica e seus instrumentos para tratar capitalismo, arquitetura, pai-sagem e poder. Considerando a arquitetu -ra como documento/monumento e como discurso material, tem por objetivo “[...] efetuar a reconstituicao das sobreposicoes de

Referência(s)