Tratamento cirúrgico da otosclerose na residência médica
2006; Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia; Volume: 72; Issue: 6 Linguagem: Português
10.1590/s0034-72992006000600002
ISSN1806-9312
AutoresVinícius Antunes Freitas, Celso Gonçalves Becker, Roberto Eustáquio Santos Guimarães, Paulo Fernando Tormin Borges Crosara, Gabriela Amélia Nassif Morais, Marcelo R. L. Moura,
Tópico(s)Congenital Ear and Nasal Anomalies
ResumoA proporção de pacientes com otosclerose estapediana em relação ao número de otorrinolaringologistas tem diminuído nos últimos anos. Questiona-se se a cirurgia de tratamento da otosclerose deve ou não continuar sendo ensinada para residentes. OBJETIVO: Avaliar os resultados e complicações das estapedotomias realizadas por residentes no período de janeiro de 1997 a janeiro de 2000; verificar a inclusão da estapedotomia no programa de residência médica. FORMA DE ESTUDO: Estudo de coorte histórica longitudinal. MATERIAIS E MÉTODOS: Avaliados 50 prontuários de pacientes submetidos a um total de 51 estapedotomias quanto às complicações e resultados audiológicos. RESULTADOS: Fechamento do gap aéreo-ósseo para menor ou igual a 10dB NA em 70,5% das orelhas e menor ou igual a 20 dB NA em 86,3% das orelhas. Ocorreu 1 caso de surdez total. Complicações: subluxação da bigorna (7,8%), perfuração da membrana timpânica (5,8%), vertigem incapacitante que se resolveu dentro de 3 semanas (5,8%), otorréia (3,9%), platina flutuante (1,95) e fístula perilinfática (1,9%). CONCLUSÃO: A análise da literatura e os resultados e complicações obtidos neste estudo permitem concluir que a estapedotomia pode ser incluída no programa de residência médica, desde que haja disponibilidade de casos cirúrgicos para o treinamento dos residentes.
Referência(s)