
Sistema de grupo sangüíneo Duffy: biologia e prática transfusional
2005; Elsevier BV; Volume: 27; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s1516-84842005000200011
ISSN1806-0870
AutoresEduardo Jens, Thiago Pagliarini, Márcia Cristina Zago Novaretti,
Tópico(s)Platelet Disorders and Treatments
ResumoApós a introdução da técnica de antiglobulina indireta por Coombs em meados da década de 40, vários anticorpos antieritrocitários foram descobertos. O grupo sanguíneo Duffy foi descoberto quando Cutbush e Ikin detectaram, no início da década de 50, os primeiros anticorpos desse sistema. Os anticorpos Duffy são clinicamente significantes na prática transfusional, pois mostraram ser causadores de reação hemolítica transfusional e de doença hemolítica do recém-nascido, sendo de ocorrência mundial. O gene FY é constituído por dois exons e seu lócus foi mapeado no cromossomo 1q22-q23. Os antígenos Fyª e Fy b são codificados pelos alelos FYA e FYB e são responsáveis pelos fenótipos Fy(a+b-), Fy(a-b+) e Fy(a+b+). São carreados por uma glicoproteína de 336 aminoácidos também chamada DARC (Duffy Antigen/Receptor for Chemokines), que tem alta afinidade a quimiocinas, sendo também os receptores para Plasmodium vivax. Os polimorfismos relacionados aos seus alelos permitiram o desenvolvimento da técnica de genotipagem por PCR, que é de grande utilidade para a segurança transfusional e incompatibilidade feto-materna. Na última década, inúmeras pesquisas têm sido feitas quanto ao papel biológico dos antígenos de grupos sangüíneos. Nesse artigo iremos revisar o sistema de grupo sangüíneo Duffy, em especial quanto à prática transfusional e suas funções biológicas.
Referência(s)