Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A obrigação da promessa em Hume

2011; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; Volume: 52; Issue: 124 Linguagem: Português

10.1590/s0100-512x2011000200012

ISSN

1981-5336

Autores

André Klaudat,

Tópico(s)

Psychology and Mental Health

Resumo

Neste texto examino o sentido da obrigatoriedade da promessa em Hume, especialmente no contexto da sua classificação da virtude do cumprimento das promessas como virtudes artificiais. Nisso a posição de Hume se distingue das posições aristotélica e kantiana em Anscombe e Herman respectivamente. Mas, o problema principal - que não há um motivo natural para o cumprimento das promessas- divide intérpretes de Hume: Cohon e Baier. Defendo, seguindo Baier, que, embora não haja o referido motivo natural, há uma paixão ou motivos eficientes - por certo, não naturais como o motivo natural que nos conduz ao cuidado dos nossos filhos - que é o auto-interesse esclarecido: ele é auto-interesse e assim real e natural num sentido; e é esclarecido porque no reconhecimento de sua correspondência nos outros se engendra um vínculo com o benefício comum, no sentido de "de todos e de cada um".

Referência(s)