Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Qualidade de vida no trabalho de profissionais do NASF no município de São Paulo

2014; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Volume: 24; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0103-73312014000200010

ISSN

1809-4481

Autores

Denise Fernandes Leite, Débora Dupas Gonçalves do Nascimento, María Amélia de Campos Oliveira,

Tópico(s)

Healthcare during COVID-19 Pandemic

Resumo

A apreensão e a análise da Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) dos profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) são de extrema importância, uma vez que a implantação dessa equipe é recente e seu processo de trabalho desenvolve-se numa lógica contra-hegemônica de trabalho em saúde. Este estudo procurou identificar as percepções acerca da QVT dos profissionais das equipes de NASF que atuam no município de São Paulo, bem como os aspectos facilitadores e dificultadores por eles identificados no cotidiano do trabalho. Trata-se de um estudo qualitativo, de natureza descritiva e exploratória, realizado em Unidades Básicas de Saúde da Família, com uma equipe do NASF de cada uma das cinco Coordenadorias Regionais de Saúde do município de São Paulo: Leste, Centro-Oeste, Norte, Sudeste e Sul. Foram realizadas 40 entrevistas, cuja análise de conteúdo revelou quatro núcleos de sentido relacionados à percepção e à avaliação da qualidade de vida no trabalho dos profissionais: (1) infraestrutura para o trabalho; (2) sobrecarga e qualidade de vida no trabalho; (3) autonomia e identificação com o trabalho; (4) trabalho em equipe e relacionamento interpessoal. O processo de trabalho do NASF vem sendo modificado e reestruturado desde sua implantação, conforme as particularidades e necessidades locais. Envolve diversas questões que afetam diretamente a QVT, podendo até repercutir negativamente na qualidade do serviço prestado. Os profissionais do NASF e seu fazer cotidiano requerem um olhar ampliado da gestão e dos demais atores envolvidos, em prol de uma melhor QTV e, consequentemente, de uma minimização de insatisfação, adoecimentos, afastamentos e estresse ocupacional.

Referência(s)