Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Teoria e clínica psicanalítica da psicose em Freud e Lacan

2012; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ; Volume: 17; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s1413-73722012000100009

ISSN

1807-0329

Autores

Tânia Coelho dos Santos, Flávia Lana Garcia de Oliveira,

Tópico(s)

Psychotherapy Techniques and Applications

Resumo

Vamos demonstrar que o tema da psicose é tratado por Freud, tanto clínica quanto teoricamente, com base em sua prática com as neuroses - tendo como pilar conceitual o mecanismo do recalque (Verdrängung). A segunda tópica do funcionamento mental e os desdobramentos da teoria do narcisismo permitem um passo adiante na concepção freudiana da psicose. A diferença estrutural determinante entre as psicoses e as neuroses de transferência é formalizada por Freud em 1924. O paradigma do recalque e suas modalidades de defesa são finalmente abandonados como modelo elucidativo dos fenômenos psicóticos. Seu mecanismo específico será redefinido como rejeição (Verwerfung). Lacan nomeia esse mecanismo como foraclusão do Nome-do-Pai, cuja falta explica a ausência do sujeito da enunciação. Na ausência deste mediador simbólico, a diferença sexual não se ordena sob a rubrica da lógica fálica e do complexo de castração.

Referência(s)