
Funkeiros, timbaleiros e pagodeiros: notas sobre juventude e música negra na cidade de Salvador
2002; Centro de Estudos Educação e Sociedade, CEDES; Volume: 22; Issue: 57 Linguagem: Português
10.1590/s0101-32622002000200006
ISSN1678-7110
Autores Tópico(s)Youth, Politics, and Society
ResumoNeste artigo, pretendo discutir como, num contexto racializado da associação entre juventude negra e música, surgem experiências que se desenvolvem como marcas identitárias, crítica social e ratificação de hierarquias raciais, de classe e gênero. Para tanto, trabalho com as idéias de juventude e geração como dado biológico, tanto quanto social e histórico, e com a idéia de música como sentido compartilhado. Além disso, rediscuto minhas notas etnográficas e de outros autores que refletiram sobre a relação entre música e juventude negra, cujos jovens observados, em contextos diversificados, são basicamente suburbanos, pobres e "negro-mestiços" com baixo grau de escolaridade, alguns com baixa capacidade de consumo, outros consumidores ansiosos. Concluo apontando para a importância da música como instrumento configurador de uma experiência juvenil e negra afro-diaspórica, mas também como instrumento repositor de antigas dessemelhanças que não estão nos genes.
Referência(s)