
Atividade antiviral do extrato de própolis contra o calicivírus felino, adenovírus canino 2 e vírus da diarréia viral bovina
2011; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 41; Issue: 10 Linguagem: Português
10.1590/s0103-84782011001000021
ISSN1678-4596
AutoresAna Paula Cueto, Sydney Hartz Alves, Marciele Ribas Pilau, Rudi Weiblen, Thaís Felli Kubiça, Luciane Teresinha Lovato,
Tópico(s)Essential Oils and Antimicrobial Activity
ResumoDentre as propriedades biológicas da própolis, a atividade antimicrobiana tem merecido destacada atenção. Neste artigo, descreve-se a atividade antiviral de dois extratos etanólicos de própolis (EP1 e EP2) frente aos vírus: calicivírus felino (FCV), adenovírus canino tipo 2 (CAV-2) e vírus da diarréia viral bovina (BVDV). Um dos extratos (EP1) foi obtido por extração etanólica de própolis obtida da região central do Estado do Rio Grande do Sul e o segundo (EP2), obtido comercialmente de uma empresa de Minas Gerais. A análise dos extratos de própolis através da cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) identificou a presença de flavonóides como: rutina, quercetina e ácido gálico. A atividade antiviral bem como a citotoxicidade dos extratos aos cultivos celulares foram avaliadas através do MTT [3- (4,5 dimetiltiazol-2yl)-2-5-difenil-2H tetrazolato de bromo]. Ambos os extratos evidenciaram atividade antiviral frente ao BVDV e CAV-2 quando acrescidos ao cultivo celular anteriormente à inoculação viral. Os extratos foram menos efetivos contra o FCV em comparação aos resultados obtidos com os outros vírus, e a atividade antiviral neste caso foi observada apenas quando a própolis estava presente após a inoculação viral. O extrato obtido no laboratório (EP1) apresentou valores mais altos de índice de seletividade (IS=CC50/ CE50), quando comparado à outra amostra (EP2). Em resumo, a própolis apresentou atividade antiviral frente a três diferentes vírus, o que a torna alvo para o desenvolvimento de novos compostos naturais com atividade antiviral.
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