Artigo Revisado por pares

La nación clandestina: O Intimo Abigarrado

2013; Volume: 26; Issue: 49-50 Linguagem: Português

10.1353/ntc.2013.0011

ISSN

1940-9079

Autores

Maria Alzuguir Gutierrez,

Tópico(s)

Latin American Literature Studies

Resumo

La nación clandestina: O Intimo Abigarrado Maria Alzuguir Gutierrez Este ensaio propõe uma análise do filme La nación clandestina (1989), de Jorge Sanjinés, tendo como foco a figura do migrante. A análise será feita a partir da observação mais detida de alguns fragmentos do filme, de sua inserção no conjunto da obra de Sanjinés, e do traçado de uma associação entre esta e o chamado neo-indigenismo literário da região andina, particularmente segundo a escrita de José Maria Arguedas. La nación clandestina em alguns fragmentos O filme começa com letreiros sobre o azul, ouvimos música de instrumentos andinos; vemos então um tecido com desenhos de lhamas, imagem em que se imprime a dedicatória do filme ao povo aimará, e em seguida entra um letreiro que diz: “esta película ha sido posible gracias a la protección de los maestros Menduelo Tankara Kusi, Mauricio Huallpa Zapana y de sus mallkus, los poderosos achachilas, dioses tutelares del altiplano”. Então vemos a imagem de um descampado com montanhas ao fundo e o título: “La nación clandestina”. A câmera faz um recuo mostrando a murada e a entrada de um pedregoso casario, por onde caminham uma idosa e um homem, acompanhados por mais duas mulheres, todos vestidos com cores escuras. A mulher lamenta por um tal Sebastián que há muito tempo lhe fez doer o coração porque depois que foi viver na cidade mudou de sobrenome. O homem afirma que agora não há mais nada a fazer, ela diz que Sebastián teve vergonha deles, e chora. O rapaz lhe pede que não chore, sugere que masquem um pouco de coca, entrega algumas folhas à idosa que chora e às outras mulheres, sentadas mais ao fundo; então vira-se para a velha e diz que, vendo bem, eles foram os culpados, entregando Sebastián aos patrões para que crescesse na cidade. Ele foi levado pequeno e voltou já crescido. A mulher chora, e assente. Entra uma cena em que alguns brancos montam sobre o lombo de homens indígenas para atravessar um rio. O som reverberado e as roupas antigas dos homens e mulheres fazem pensar que se trata de uma evocação da velha de um momento passado. Ouve-se uma música de flauta e piano, enquanto os indígenas atravessam lentamente o rio. Na outra margem, um índio se apresenta ao patrão, ajoelhando-se [End Page 21] e tirando o chapéu, e logo mostrando seu filho, uma criança de no máximo dez anos. O pai reage ao senhor branco de maneira subserviente, baixando a cabeça enquanto ele fala, nós não ouvimos o diálogo. Passamos em seguida a cena com música instrumental originária, o menino acompanha o homem branco numa ladeira e para, a olhar a cidade diante de si. O homem o chama, e ele segue o caminho, enquanto a câmera o abandona para revelar a cidade que o garoto observava. Voltamos à cena do homem com as idosas de luto, o rapaz se pergunta como Sebastián teria sabido a respeito do Grande Senhor Dançante já que há muito não vinha à comunidade de Willkani. A idosa, passando ao homem uma caneca, afirma que Sebastián era criança quando havia dançado na comunidade o último Grande Senhor Dançante. Entra a imagem de um baile, há uma pessoa mascarada no meio de uma roda de instrumentistas, eles dançam em uma paisagem escarpada enquanto seguimos ouvindo o relato da velha, de que então um jovem bailara até morrer pela comunidade. Ela diz que Sebastián ficara olhando tudo muito impressionado. A câmera acompanha a dança do mascarado, ouvimos a música como que distante. O bailarino gira, caminha por um bom tempo até que a câmera o deixa e num movimento lateral mostra uma mulher que se aproxima, chamando por Sebastián, dizendo que desça de onde está, que vai cair, e a câmera revela o menino que, sentado sobre uma pedra...

Referência(s)