
Comercializando fantasias: a representação social da prostituição, dilemas da profissão e a construção da cidadania
2005; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA; Volume: 13; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s0104-026x2005000300004
ISSN1806-9584
AutoresKatia Guimarães, Edgar Merchán-Hamann,
Tópico(s)Gender, Sexuality, and Education
ResumoO presente artigo discute fatos, percepções e representações sociais do cotidiano das mulheres profissionais do sexo (MPS). Foram avaliados oito projetos de intervenção educativa sobre DST/Aids dirigidos a MPS, em cidades das regiões Sul, Nordeste e Sudeste. Foram realizadas entrevistas em profundidade e grupos focais. Os resultados revelaram que a representação da mulher que vende o corpo vem sendo re-significada para a realização de fantasias eróticas. As perspectivas de maior autonomia da profissão contrastam com a discriminação e a pressão psicológica. Foi mencionada a violência, praticada por clientes e policiais. Foram evidentes a importância do preservativo na negociação dos programas e o não-uso do mesmo em relações com envolvimento afetivo ou devido à concorrência. Conclui-se, sob a ótica da autonomia, que classe social, escolaridade, situação de crise econômica e estigma ocasionam discriminação, violência e risco de contágio de DST e HIV.
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