Artigo Produção Nacional Revisado por pares

Lung and renal transplantation

2009; Elsevier BV; Volume: 15; Issue: 6 Linguagem: Português

10.1016/s2173-5115(09)70169-1

ISSN

2173-5115

Autores

Patrícia Caetano Mota, Ana Teixeira‐Vaz, Inês Ferreira, Manuela Bustorff, Carla Damas, Venceslau Hespanhol,

Tópico(s)

Pneumonia and Respiratory Infections

Resumo

Renal transplantation is the most common type of solid organ transplantation and kidney transplant recipients are susceptible to pulmonary complications of immunosuppressive therapy, which are a diagnostic and therapeutic challenge. To evaluate patients admitted to the Renal Transplant Unit (RTU) of Hospital de S. João with respiratory disease. We performed a retrospective study of all patients admitted to RTU with respiratory disease during a period of 12 months. Thirty-six patients were included. Mean age 55.2 ( ± 13.4) years; 61.1% male. Immunosuppressive agents most frequently used were prednisolone and mycophenolate mofetil associated with ciclosporin (38.9%) or tacrolimus (22.2%) or rapamycin (13.9%). Thirty-one patients (86.1%) presented infectious respiratory disease. In this group the main diagnoses were 23 (74.2%) pneumonias, 5 (16.1%) opportunistic infections, 2 (6.5%) tracheobronchitis, and 1 case (3.2%) of lung abscesses. Microbiological agent was identified in 7 cases (22.6%). Five patients (13.9%) presented rapamycin-induced lung disease. Fibreoptic bronchoscopy was performed in 15 patients (41.7%), diagnostic in 10 cases (66.7%). Mean hospital stay was 17.1 ( ± 18.5) days and no related death was observed. Respiratory infections were the main complications in these patients. Drug-induced lung disease implies recognition of its features and a rigorous monitoring of drug serum levels. A more invasive diagnostic approach was determinant in the choice of an early and more specific therapy. O transplante renal é o transplante de órgãos sólidos mais frequente, sendo os transplantados renais alvo de complicações pulmonares inerentes à própria terapêutica imunossupressora, as quais constituem, por vezes, um desafio diagnóstico e terapêutico. Avaliar os doentes admitidos na Unidade de Transplante Renal (UTR) do Hospital de S. João com o diagnóstico de patologia respiratória. Estudo retrospectivo de todos os doentes admitidos na UTR por doença respiratória, durante um período de 12 meses. Foram incluídos 36 doentes, com uma média de idades de 55,2 ( ± 13,4) anos; 61,1% do sexo masculino. Os esquemas imunossupressores mais utilizados foram: prednisolona e micofenolato mofetil com ciclosporina (38,9%) ou tacrolimus (22,2%) ou rapamicina (13,9%). Trinta e um doentes (86,1%) apresentaram doença infecciosa respiratória. Neste grupo destacaram-se: 23 casos (74,2%) de pneumonia, 5 casos (16,1%) de infecção oportunista, 2 (6,5%) de traqueobronquite, e 1 (3,2%) de abcessos pulmonares. O agente etiológico foi identificado em 7 casos (22,6%). Cinco doentes (13,9%) apresentaram doença pulmonar iatrogénica pela rapamicina. Em 15 doentes (41,7%) foi necessário recorrer à realização de broncofibroscopia, diagnóstica em 10 casos (66,7%). O tempo médio de internamento foi de 17,1 ( ± 18,5) dias, e não se verificou nenhum óbito. A infecção constituiu a principal complicação pulmonar no grupo de doentes estudado. O diagnóstico de doença pulmonar induzida por fármacos implica reconhecimento das suas características e monitorização rigorosa dos níveis séricos dos mesmos. O recurso a técnicas de diagnóstico invasivas contribuiu para maior precocidade e especificidade terapêuticas.

Referência(s)