
Existe na agricultura brasileira um setor que corresponde ao "family farming" americano?
2014; Brazilian Society of Economy, Administration and Rural Sociology; Volume: 52; Issue: suppl 1 Linguagem: Português
10.1590/s0103-20032014000600005
ISSN1806-9479
AutoresCarlos Enrique Guanziroli, Alberto Di Sabbato,
Tópico(s)Agriculture, Land Use, Rural Development
ResumoNeste artigo procura-se mostrar a heterogeneidade da agricultura brasileira, que está composta por um segmento altamente produtivo e eficiente, de tipo patronal empresarial; um segmento também eficiente e rentável, de tipo familiar empresarial; e um segmento de agricultores familiares pobres ou camponeses que produz para autoconsumo, mora no estabelecimento, gera emprego para os filhos, e que não migra porque seu custo de oportunidade para migrar é baixo. A inexistência de economias de escala na agricultura, a baixa lucratividade da atividade em função da baixa rotatividade do capital fixo, o ambiente concorrencial do mercado agrícola e os riscos que atingem a atividade (clima, pragas e preços) fazem com que não haja interesse em monopolizá-lo por um setor único de produtores, o que abre espaço, portanto, para a coexistência entre setores heterogêneos do meio rural, cada um com sua própria lógica e seus próprios interesses e reivindicações.
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