Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Tecnologia e subjetivação: a questão da agência

2005; Associação Brasileira de Psicologia Social; Volume: 17; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0102-71822005000100008

ISSN

1807-0310

Autores

Rosana Medeiros de Oliveira,

Tópico(s)

Philosophical and Theoretical Analysis

Resumo

As críticas ao sujeito da interioridade e às filosofias da consciência, que reputam a um indivíduo unificado e coerente a fonte de ação, têm atribuído a uma outra grande agência unificada a origem de toda ação. A linguagem, os discursos, a sociedade, a cultura, a história substituem o lugar do sujeito como agência. No entanto, continuam sendo instâncias purificadas às quais atribui-se o privilégio da ação. Abandona-se o sujeito, mas há uma continuidade idealista na qual a agência só pode estar no campo dos humanos-entre-eles. É contra essa atribuição da agência apenas aos humanos-entre-eles que está estruturado este texto, defendendo os híbridos, os coletivos sócio-técnicos e as máquinas. Este trabalho irá explorar conceitos de Gilles Deleuze, Félix Guattari, Bruno Latour e Pierre Lévy, articulando-os para a abordagem de uma concepção de subjetivação que escape da agência reputada unicamente aos humanos-entre-eles.

Referência(s)