
Síndrome de Goldenhar: uma abordagem fonoaudiológica
2011; CEFAC Saúde e Educação; Volume: 14; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s1516-18462011005000035
ISSN1982-0216
AutoresAngela Ruviaro Busanello, Ana Maria Toniolo da Silva, Mara Keli Christmann, Marcele Machado Finamor, Marília Trevisan Sonego, Rafaeli Alves Barcellos, Tainara Milbradt Weich, Talita Marin Scherer,
Tópico(s)Pectus Deformity Diagnosis and Treatment
ResumoTEMA: o objetivo deste trabalho foi relatar o caso de uma criança portadora de Síndrome de Goldenhar em tratamento fonoaudiológico em uma clínica escola. PROCEDIMENTOS: foram coletados dados do prontuário do paciente, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e aprovação no Comitê de Ética da instituição, durante aproximadamente 11 meses de fonoterapia. Trata-se de uma criança de 5 anos e 11 meses de idade, do gênero masculino, apresentando ao nascimento má formação na orelha e no côndilo mandibular direitos, bem como espinha bífida. Para descrição do caso, antes e após o período de intervenção, o paciente passou por avaliações fonoaudiológicas como exame auditivo, do sistema estomatongático, medidas antropométricas faciais, exame articulatório, avaliação fonológica e da discriminação auditiva. RESULTADOS: observaram-se alterações como perda auditiva condutiva de grau moderado na orelha direita; alteração na mobilidade de lábios e língua; funções como deglutição, mastigação e respiração atípicas; medidas antropométricas faciais inferiores à normalidade, principalmente nos ramos mandibulares; bem como distúrbios na fala de ordem fonética (distorções) e fonológicas (dessonorizações). A partir de então, estabeleceu-se um planejamento terapêutico, com resultados positivos no período mencionado, principalmente no que se refere à função de mastigação. CONCLUSÃO: o paciente apresentou grande variedade de alterações fonoaudiológicas decorrentes do espectro oculoauriculovertebral, que se somatizam na associação com a respiração oral, os hábitos orais deletérios e os fatores ambientais que atuam no caso. Novos estudos mais aprofundados e com maior número de sujeitos são importantes na corroboração destes resultados.
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