
Influência do turno laboral na formação de edema dos membros inferiores em indivíduos normais
2008; Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV); Volume: 7; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s1677-54492008000300007
ISSN1677-7301
AutoresCleusa Ema Quilici Belczak, José Maria Pereira de Godoy, Rubiana Neves Ramos, Márcia Aparecida de Oliveira, Sérgio Quilici Belczak, Roberto Augusto Caffaro,
Tópico(s)Burn Injury Management and Outcomes
ResumoCONTEXTO: A presença de edema vespertino nos membros inferiores de indivíduos normais, após jornada habitual de trabalho, foi demonstrada na literatura nacional e internacional. O ritmo de formação e o acúmulo desse edema variam de acordo com os distintos turnos laborais. OBJETIVO: O edema de membros inferiores tem sido descrito após jornadas habituais de trabalho e representa uma queixa freqüente na prática vascular. O objetivo deste estudo foi avaliar a evolução do edema em indivíduos normais durante os distintos turnos laborais. MÉTODO: Foram feitas avaliações volumétricas de ambos os membros inferiores em 20 profissionais da área da saúde do Hospital e Maternidade São Marcos de Maringá, no Paraná. A escolha dos participantes foi por ordem de chegada, e as volumetrias foram feitas por técnica de deslocamento de água às 7, 13 e 19 h. Para análise estatística foi utilizado o teste t de Student, considerando erro alfa de 5%. RESULTADO: Dos 20 participantes, 19 eram do sexo feminino e 1 do masculino, sem evidência de doença venosa nos membros inferiores e pertencentes a C0 e C1 da classificação CEAP (C = clínica, E = etiologia, A = segmento anatômico, P = fisiopatologia). As idades dos participantes variaram entre 20 e 53 anos. Detectou-se aumento significativo de volume nos membros inferiores entre os distintos períodos avaliados, com p = 0,0001 e 0,0001, respectivamente. A maior variação ocorreu no período da manhã, com média ± desvio padrão de 107,2±63,5 mL, enquanto que à tarde, a variação foi de 44,5±35,4 mL. CONCLUSÃO: O edema é uma constante durante atividades laborais, mesmo em pessoas sem doença venosa manifesta e sofre influência do turno laboral ao qual o trabalhador se encontra exposto.
Referência(s)