Revisão Acesso aberto Produção Nacional

Insuficiência androgênica na mulher e potenciais riscos da reposição terapêutica

2005; Editora da Universidade de São Paulo; Volume: 49; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0004-27302005000200006

ISSN

1677-9487

Autores

Lenora Maria C.S.M. Leão, Mônica P.C. Duarte, Maria Lúcia Fleiuss Farias,

Tópico(s)

Growth Hormone and Insulin-like Growth Factors

Resumo

Na mulher, os androgênios decrescem lenta e progressivamente a partir da quarta década e por toda a vida. O declínio dos androgênios pode gerar um estado de deficiência que se manifesta insidiosamente por diminuição da função sexual, bem estar e energia, alterações na composição corporal e perda de massa óssea. Se há história de ooforectomia bilateral, pan-hipopituitarismo, supressão da androgênese adrenal e/ou os níveis séricos de testosterona biodisponível se encontram reduzidos, é provável que estes sinais e sintomas sejam aliviados pela administração criteriosa de androgênios, cuja prática tem se difundido. Nas doses atualmente preconizadas, parece que os benefícios sobre massa óssea, sexualidade e qualidade de vida são alcançados sem importantes efeitos colaterais de virilização. Entretanto, trabalhos bem controlados são necessários para validar a hipótese de que a administração terapêutica de androgênios em mulheres não tem, a longo prazo, repercussões significativas na incidência sobre câncer de mama ou conseqüências metabólicas indesejáveis.

Referência(s)