
Escrevendo a história no feminino
2005; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA; Volume: 13; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s0104-026x2005000300007
ISSN1806-9584
AutoresCristina Scheibe Wolff, Lídia Maria Vianna Possas,
Tópico(s)History of Education Research in Brazil
Resumo1 E preciso lembrar aqui trabalhos precursores como os de Maria Odila Leite da Silva DIAS, 1984; Maria Lucia de Barros MOTT, 1988; Maria Valeria Junho PENA, 1981; Eni de Mesquita SAMARA, 1989; Miriam Lifchitz Moreira LEITE, 1984a e 1984b; Rachel SOIHET, 1989; Luzia Margareth RAGO, 1985, entre outros. Durante muito tempo as mulheres nao foram consideradas sujeitos da historia e, portanto, estiveram excluidas das narrativas dos historiadores. O panorama atual da historiografia brasileira parece ter mudado significativamente, demonstrando a presenca desses novos sujeitos, adensando as discussoes teoricas e sugerindo a insercao de novos conceitos bem como de outras abordagens. No ultimo Simposio Nacional de Historia, ocorrido em Joao Pessoa, em 2003, tres dos simposios tematicos apresentados, reunindo em media trinta trabalhos cada, trataram da historia das mulheres e das relacoes de genero em diferentes perspectivas e abordagens. Publicacoes sobre distintos periodos da historia tem sido incorporadas pelo mercado editorial, tratando nao somente de dar visibilidade as mulheres na historia, como parecia ser o primeiro objetivo empreendido pelas historiadoras dos anos 1980 no Brasil,1 mas tambem problematizando as hierarquias de genero, as relacoes de poder, as sexualidades, os corpos, a educacao, os trabalhos de mulheres e homens, por uma perspectiva de genero. Aos poucos e muito sutilmente, a ultima barreira que viamos ha alguns anos ameaca ser rompida: o genero comeca a aparecer em capitulos de livros voltados para uma historia “geral”, comeca a ser evocado junto a outras categorias, tais como classe, geracao, etnia, em trabalhos que nao se pretendem somente como trabalhos de historia das mulheres. Mesmo assim, o campo da historia das mulheres e das relacoes de genero mantem-se como “um campo” Artigos Tematicos
Referência(s)