Revisão Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Infecção fulminante pós-esplenectomia

2003; Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia (IBEPEGE); Volume: 40; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0004-28032003000100011

ISSN

1678-4219

Autores

Ruy Garcia Marques, Andy Petroianu,

Tópico(s)

Ovarian cancer diagnosis and treatment

Resumo

RACIONAL: A esplenectomia, em qualquer faixa etária e por qualquer indicação, aumenta o risco de morte por infecção fulminante. OBJETIVO: Avaliar a definição, a etiologia, a incidência, os fatores de risco e a profilaxia da infeção fulminante pós-esplenectomia, bem como os métodos existentes para preservação de tecido esplênico quando a esplenectomia total faz-se necessária. MÉTODO: Revisão bibliográfica. RESULTADOS: Os agentes etiológicos mais freqüentemente encontrados nesse quadro séptico são Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenza e tipo B, e Neisseria meningitidis. Outras bactérias, como Escherichia coli, Streptococcus b-hemolítico, Staphylococcus aureus e Pseudomonas sp, também representam risco significativo. Similarmente, grande variedade de agentes, incluindo outros microrganismos entéricos Gram-negativos e patógenos não-bacterianos, também é relatada esporadicamente. A profilaxia situa-se em três categorias principais: educação dos pacientes, imunoprofilaxia e quimioprofilaxia. Contudo, essas medidas não são suficientes para debelar o grande risco de desenvolvimento dessa enfermidade. Quando a esplenectomia total for necessária, o auto-implante esplênico heterotópico parece constituir a única alternativa para preservação de tecido esplênico. Estudos clínicos e experimentais têm mostrado que, após um período de regeneração, desenvolve-se tecido esplênico viável, com características estruturais similares a um baço normal e com preservação da função imune esplênica. CONCLUSÕES: Com a caracterização mais detalhada da infecção fulminante pós-esplenectomia, a indicação para esplenectomia total, tanto no trauma, como em diversas enfermidades, vem nitidamente decrescendo. Métodos profiláticos foram desenvolvidos visando à minimização dos efeitos dessa grave enfermidade. Muitas pesquisas vêm tentando determinar o grau de imunocompetência que o enxerto esplênico autógeno pode prover ao hospedeiro, em resposta à invasão bacteriana.

Referência(s)