
Citoesqueleto e mecanotransdução na fisiopatologia da lesão pulmonar induzida por ventilador
2010; Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia; Volume: 36; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s1806-37132010000300015
ISSN1806-3756
AutoresLeandro Utino Taniguchi, Élia Garcia Caldini, Irineu Tadeu Velasco, Elnara Márcia Negri,
Tópico(s)Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD) Research
ResumoA ventilação mecânica é uma terapia importante, mas pode resultar em complicações. Uma das mais relevantes é a lesão pulmonar induzida por ventilador. Devido à hiperdistensão alveolar, o pulmão inicia um processo inflamatório, com infiltrado neutrofílico, formação de membrana hialina, fibrogênese e prejuízo de troca gasosa. Nesse processo, a mecanotransdução da hiperdistensão celular é mediada através do citoesqueleto da célula e de suas interações com a matriz extracelular e com as células vizinhas, de modo que o estímulo mecânico da ventilação se traduz em sinalização bioquímica intracelular, desencadeando ativação endotelial, permeabilidade vascular pulmonar, quimiotaxia leucocitária, produção de citocinas e, possivelmente, lesão de órgãos à distância. Estudos clínicos demonstram essa relação entre distensão pulmonar e mortalidade em pacientes com lesão pulmonar induzida por ventilador. Entretanto, apesar de o citoesqueleto ter um papel fundamental na patogênese da lesão pulmonar induzida por ventilador, a literatura carece de estudos utilizando modelos in vivo sobre as alterações do citoesqueleto e de suas proteínas associadas durante esse processo patológico.
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