Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Os umbrais do humano: o homem como dispositivo biopolítico e o animal contemporâneo

2011; UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO; Volume: 9; Issue: 2 Linguagem: Português

10.5585/prismaj.v9i2.2372

ISSN

1983-9286

Autores

Murilo Duarte Costa Corrêa,

Tópico(s)

Psychoanalysis, Philosophy, and Politics

Resumo

De acordo com a detecção de Giorgio Agamben, o dispositivo antropológico atualmente em obra na cultura ocidental opera, desde Aristóteles, recortando uma forma de vida humanamente predicada (bios) sobre a vida nua (zoé). Essa operação, qualificada pelo paradoxo e pela exceção que engendra, anima, em larga medida, a crítica que Agamben endereça às Cartas de Direitos Humanos em Al di là dei diritti del’uomo. Nas trilhas de uma tradição que remonta a Nietzsche e é legada a Foucault, Deleuze, Derrida e Agamben, traduzir-se-ia um pensamento que, ao operar no seio do dispositivo antropológico, busca desvencilhar-se do homem – seja pelo além-do-homem, seja por uma micropolítica de intensidades sem sujeito. O aporte dessas filosofias apela às indeterminações dos devires, mas também demonstra a negatividade que o conceito de homem opera em relação à vida dos homens quando se compreende a política como a potência de variação das formas de vida.

Referência(s)